Eliminado do BBB20, Pyong revela o que mais o surpreendeu no reality

  Reprodução Big Brother Brasil / gshow

Eliminado do BBB20, Pyong revela o que mais o surpreendeu no reality

Passei de participante mais votado da casa na primeira semana àquele que conseguiu reverter a situação, conviver e formar o maior grupo de amizade e de proteção dessa edição”. Assim Pyong Lee revê sua trajetória no ‘Big Brother Brasil’.

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Depois de ser eliminado com 51,7% dos votos em um paredão contra Babu Santana e Rafa Kalimann, o hipnólogo não tem medo de dizer que adorava falar sobre o jogo e que, sim, influenciou a casa em diversos momentos – seja em conversas, seja desenhando seus planos com simples caroços de feijão. “Foi um desafio muito divertido. As pessoas viam que eu estava lá para jogar com estratégia e com o coração também, foi um equilíbrio”, avalia o ex-brother, que, nesta entrevista, fala mais sobre a eliminação, a rivalidade com Prior, ver o filho pela primeira vez de dentro do confinamento e outras surpresas doreality.

Como foi passar esse período no ‘Big Brother Brasil 20’?
A experiência lá dentro é muito diferente do que a gente imagina. Realmente é único. As emoções são completamente novas, tem muitas coisas imprevisíveis… Foi um desafio muito divertido. As pessoas viam que eu estava lá para jogar com estratégia e com o coração também, foi um equilíbrio. O saldo, para mim, foi positivo. Tive meus erros, me desculpei e não voltei a repetir. Ter escolhido ir para o paredão essa semana, por exemplo, foi um grande erro porque eu não imaginei que aqui fora tivessem mutirões a favor do Babu e contra mim. Eu conseguia ler muito bem o jogo lá dentro, não imaginava que seria assim. E aqui fora eu vi que acertava muita coisa mesmo (risos).

Desde o início do jogo, você se declarou um jogador convicto, focado em ganhar o prêmio de R$ 1,5 milhão. Qual era a sua estratégia?
Antes de entrar na casa eu não tinha uma estratégia específica. Mas eu sabia que lá dentro não dá para segurar uma máscara, ser diferente do que se é na vida real, interpretar um personagem. Então eu estava focado em entrar e ser eu mesmo, mostrar quem eu sou, a minha história, os meus talentos. Só quando cheguei no confinamento comecei a desenvolver uma estratégia. Tinham dinâmicas novas no programa, como a prova “Bate e Volta”, e eu tive que entender o jogo. E foi se desenhando uma história que eu achei bem bacana.

Essa semana, você afirmou que gostaria de ir ao paredão com o Babu, mas acabou eliminado. Sua saída foi uma surpresa?
Foi. Lá dentro a gente só joga com os nossos “achismos” e nossas convicções. Vai ter gente achando que eu fiz cena, mas na verdade o meu coração me guiava a proteger as pessoas que eu mais gostava, que tinham me abraçado desde o início. Não tinha como eu saber quem era bom ou ruim. Estava confiante de que indo ao paredão com o Babu, pelas atitudes e personalidade dele, eu teria grandes chances de voltar. Eu senti que nessa semana o Prior não ia me indicar, mas eu sabia que se provocasse ele na festa ele ia cumprir o acordo e me colocar no paredão, e preferi isso a colocar pessoas que eu gostava na mira. Foi uma jogada arriscada, mas eu abracei o risco.

O que mais te surpreendeu no BBB?
As emoções novas que a gente sente lá dentro. Estamos em um ambiente diferente, junto de pessoas que nunca vimos, sendo obrigados a conviver 24 horas por dia. Para a gente, uma semana equivale a um mês e é muito insana essa distorção do tempo criamos na cabeça. As primeiras semanas foram longuíssimas, depois nosso cérebro acostumou com a rotina e os dias começaram a correr mais rápido. Acessar as novas emoções foi o que mais me impressionou. É tudo muito intenso, tem que ter muito controle e inteligência emocional. Não é só a convivência, só habilidade. É um equilíbrio de muitos fatores.

Você tinha o hábito de planejar a competição usando caroços de feijão para representar cada participante. Como você desenvolveu essa tática?
Eu já tinha visto os bonequinhos de cada jogador no quarto do líder. Pensei: “Se não posso ter os bonequinhos, vou ver alguma coisa que dá para usar”. E fiquei carregando os feijões comigo. Inclusive ainda estão aqui no meu bolso (risos)! Eles davam uma visão de jogo muito boa na hora de ilustrar ou explicar para alguém, mostrar quem estava se movimentando, se aproximando, quem tinha mais afinidade, quem votava em quem.

Sua autoconfiança não foi bem vista por alguns participantes na casa. Como você enxerga isso?
A gente joga com a percepção que tem dentro da casa. Eu sempre me colocava como espectador porque, ao por o pé para fora, temos a percepção mais completa possível. Se você joga só dentro da sua bolha e daquilo que o seu olho alcança, não consegue ver o todo. Eu circulava em todas as rodas para ver o que estava acontecendo e por isso até passava como fofoqueiro. Acho que autoconfiança é diferente de arrogância, ela fortalece a mente, dá mais energia e te leva a assumir riscos. E isso fazia com que eu me divertisse no jogo. Eu não sei quem teve a chance de conhecer a minha história de vida, mas sempre tive que superar muitos obstáculos e barreiras, por isso a confiança de que eu seria capaz de fazer algo, de conquistar o que eu amo, sempre me acompanhou e foi muito importante. Ter confiança é uma característica minha hoje. No jogo, essa minha última jogada foi o meu “all in”, apostei todas as fichas. Talvez nela a minha autoconfiança tenha sido um pouco exagerada.

Você conquistou alguns adversários ao longo do confinamento, um deles foi o Prior. Como você avalia essa rivalidade?
O Prior estava em um grupo de amigos que foi sendo eliminado, e ele sobrou. Ele sempre foi um dos poucos da casa que estava realmente disposto a jogar, competir, pensar no game. Mas o que a Manu falou caiu muito bem: eu entrei para jogar RPG e ele para jogar Fifa. Eram estilos completamente diferentes. Eu acabei subestimando ele em alguns momentos, mas porque eu me baseava nas atitudes que ele tinha na casa, na convivência, nas brigas. Jogava com meus “achismo”. Só que eu gostava de conversar com ele, a gente dava muita risada. Não é como se ele fosse um arquirrival. Foi um jogo que foi se desenhando de forma estratégica.

Em um dos jogos da discórdia você foi indicado como um dos maiores influenciadores da casa. Você conseguiu ver, em algum momento, a sua influência no jogo?
Sim. Tem um exemplo legal disso: passei de participante mais votado da casa na primeira semana àquele que conseguiu reverter a situação, conviver e formar o maior grupo de amizade e de proteção dessa edição. Nesse sentido, influenciei, sim. Essa era a autoimagem que eu tinha e que condizia com o jogo da discórdia. Eu sabia e sentia, sim, que estava conseguindo influenciar as pessoas lá dentro.

Acha que se tornou um vilão dessa edição?
Não acho. Se fui um vilão em algum momento, foi um vilão do bem. Poderia ter me tornado? Sim, talvez escolhesse esse lado daqui a pouco. Mas só saberíamos se eu continuasse no ‘Big Brother Brasil’ (risos).

Como foi ver o nascimento do seu filho por vídeo lá dentro da casa?
Foram emoções completamente novas, eu nem sei explicar. Estava conhecendo meu filho, mas ao mesmo tempo não estava, só vi fotos e um videozinho curto. Foi muito emocionante, fiquei muito feliz, mas eu também queria pegá-lo no colo. Foi uma mistura de sensações que eu nunca tinha sentido na vida.

No BBB você mostrou vários talentos: a dança, a mágica, a hipnose. Quais foram os momentos mais divertidos doreality?
As festas, as danças, as brincadeiras que a gente fazia, como “cidade dorme” e “huya”. E eu gostava muito de falar do jogo, não parava, isso era uma diversão também. Virou até mantra: “Eu só tenho certeza de uma coisa: toda semana alguém sai por aquela porta e eu espero que não seja um de nós” (risos).

Você teve medo do julgamento do público aqui fora?
Tive. Somos avaliados pelo Brasil todo. Pequenas atitudes podem se tornar grandes. Aconteceu de eu passar do ponto com relação à bebida e errar, mas pedi desculpas, reconheci o erro, e não repeti. Acho que eu evoluí muito lá dentro.

Que rumos você imagina que a competição vai tomar a partir de agora?
Eu acho que o Prior e o Babu vão continuar nessa de dupla kamikaze. A comunidade “hippie”, como está em maior número de pessoas, tem uma probabilidade maior de ganhar as provas e poder colocar os dois no paredão. Mas, pelo que eu tive defeedback aqui fora, agora o Babu e o Prior são concorrentes fortes, então eu realmente não sei o que o público vai fazer.

Quem está forte no jogo?
O Prior e o Babu pelo jeito estão com torcidas fortes. Rafa, Manu e Gabi eram participantes que eu via muito fortes dentro da casa. Também acho que a Thelminha se fortaleceu, mas só tive essa percepção depois que saí do programa.

Por quem está torcendo?
Pela Rafa e pela Manu.

Agora, fora da casa, quais são os seus planos?
Minha prioridade é minha família, minha esposa e meu filho. Quero passar meu tempo com eles. Vou dar uma olhada da minha vida profissional também, estou aberto a propostas. Eu sempre quis ter um programa, também sempre quis ser ator. Quero fazer tudo que tiver oportunidade e trabalhar muito.

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Participantes

Manu Gavassi

Camarote - Cantora e atriz, 27 anos e natural de São Paulo.

Rafa Kalimann

Camarote - Influenciadora digital, 26 anos e natural de Campina Verde, em Minas Gerais.

Thelma

Pipoca - Médica anestesiologista, 35 anos e natural de São Paulo.



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