“As pessoas olham para mim, veem essa carinha de princesa e encontram o burrinho do Shrek. Eu sou uma quebra de expectativas". É assim, cheia de irreverência e bom humor, que Amanda se define.
Apesar da aparência, a médica intensivista de 31 anos, natural de Astorga, no norte do Paraná, vive uma rotina de plantões em UTI que é uma verdadeira prova de resistência – tudo para conseguir se firmar profissionalmente e retribuir os pais por todo o esforço que fizeram ao longo de sua vida.
Agora, confirmada como integrante da Pipoca do BBB 23, ela entra no reality focada em levar o prêmio para casa.
Infância nômade
Se hoje vive a adrenalina dos plantões, desde pequena Amanda precisou lidar com as reviravoltas da vida. “Durante minha infância, meu pai foi militar e depois trabalhou em um banco. A gente mudava de cidade geralmente quatro vezes por ano. Então, com isso, tive que aprender sempre a me adaptar”, lembra.
O interesse pela Medicina surgiu aos 14 anos, quando ela vivia com a família em Douradina, cidade do Paraná que, na época, tinha menos de 6 mil habitantes. “Tinha um vizinho que era médico e me levava para o hospital. Eu adorava a rotina dele, ficava sentada num banquinho conversando com os pacientes. Sempre gostei de cuidar e tratar das pessoas”.
Para que a filha pudesse correr atrás desse sonho, seus pais buscaram um colégio capaz de oferecer a base que precisava para o vestibular.
A partir de então, Amanda precisou aprender a cuidar de si mesma. “Com 14 anos, fui morar sozinha em Umuarama com quatro amigas, e aí começou minha trajetória. Nunca passei fome, porque meus pais passaram para me manter ali”, conta.